O I Simpósio de Cuidados Paliativos da Fundação Padre Albino foi realizado na manhã da última terça-feira, 8 de outubro, no campus Sede da UNIFIPA, reunindo profissionais da saúde, estudantes e colaboradores. Com o tema “Cuidado paliativo é valorizar a vida”, o evento destacou a importância da abordagem interdisciplinar e humanizada no atendimento aos pacientes.
Na abertura, a diretora de Saúde e Assistência Social da FPA, Renata Rocha ressaltou o significado do encontro. “Esse evento reforça o propósito da Fundação: cuidar de gente e salvar vidas. É oportunidade de ampliar o conhecimento sobre os cuidados paliativos e fortalecer o compromisso com o acolhimento, o respeito e a empatia em cada gesto de cuidado”, afirmou.
A programação incluiu palestras sobre princípios dos cuidados paliativos e sua aplicação na prática clínica, o papel da enfermagem, da fisioterapia, da nutrição e da psicologia nesse contexto, além de uma mesa-redonda com a equipe multidisciplinar.
A nutricionista Mariana Aimée Nadalini de Oliveira destacou que a alimentação, nesse momento da vida, ganha novos significados. “Nos cuidados paliativos, a nutrição deixa de ter um foco apenas terapêutico e passa a ser uma forma de cuidado. Nosso objetivo é oferecer conforto, aliviar sintomas e respeitar os desejos do paciente. Alimentar, nesse momento, é mais do que nutrir o corpo — é acolher, é proporcionar prazer, é manter o vínculo com a vida por meio de gestos simples, mas cheios de significado”, explicou.
O psicólogo Walison Henrique Tozzato destacou a importância da presença e da escuta sensível no processo de cuidado. “Foi uma grande satisfação participar deste simpósio e poder contribuir com a visão da Psicologia nos cuidados paliativos. Esse tema nos lembra da importância de olhar para o paciente de forma integral, oferecendo acolhimento, escuta e suporte emocional, especialmente em momentos de fragilidade e finitude. Como psicólogo, nosso papel é ajudar a dar sentido à experiência do adoecimento, apoiando não só o paciente, mas também suas famílias e as equipes de saúde. Aprendi muito com as trocas que tivemos aqui e saio fortalecido na missão de cuidar com mais empatia, presença e respeito à singularidade de cada um.”
Para a enfermeira Ana Laura Flores, o simpósio deu um passo importante na difusão do conhecimento sobre o tema dentro da instituição. “Trazer essa discussão para o nosso cotidiano é essencial. O cuidado paliativo não se limita ao fim da vida, mas está presente em todas as fases de adoecimento, sempre com foco na dignidade, na escuta e no respeito ao ser humano.”